Frigorífico regional ainda não saiu do papel


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Dez meses após o lançamento da pedra fundamental do Frigocésar (Frigorífico Regional do Piemonte da Chapada Diamantina), o projeto de fato ainda não saiu do papel. Em reunião realiza em agosto de 2010 na casa do prefeito de Miguel Calmon, José Ricardo Leal Requião, que contou com a presença de empresários, políticos, lideranças regionais e representantes da imprensa, um dos diretores do frigorífico, Manoel Mairton, afirmou que a obra seria entregue no prazo máximo de 10 meses a um ano. Passados dez meses, a área destinada ao frigorífico, terreno de 100 tarefas, localizado na BA 131, km 20, entre o limite dos municípios de Miguel Calmon e Jacobina, encontra-se apenas com uma edificação inacabada, que possivelmente seria destinada ao setor administrativo.
O Frigocésar abateceria de carnes bovinas e de animais de pequeno porte, 30 municípios em todo Piemonte da Diamantina. No projeto, o frigorífico conta com currais, escritório, refeitório, lavanderia, graxaria, salão de abate, câmera frigorífica, galpões, entre outras instalações, que garantiriam abater de 300 animais por dia.
O empreendimento tem um valor estimado inicialmente de R$ 5 milhões, com financiamento do Desenbahia-Agência de Fomento do Estado.
Até o momento, o Frigocésar serviu apenas de plataforma politica nas eleições passadas. Entre as promessas, a região estaria livre do abate clandestino com carnes de qualidade, dentro das normas de saúde pública, sem contar com a geração de emprego e renda, numa previsão de 200 empregos diretos.
A legalização do abate na região vem se arrastado há mais de 20 anos. Esta discussão passa por várias administrações estaduais e municipais, enquanto isto continuamos consumindo carne de péssima qualidade.
Incrédula, a população não sabe mais a quem recorrer. Os TACs (Termo de Ajuste de Conduta), entre Ministério Público, Estado e municípios não estão sendo cumpridos, o prazo do último se esgota no próximo mês. Desta vez a Lei será cumprida? Caso isto ocorra o abate será suspenso e a região passará a ser um entreposto de carne de outras praças, prejudicando toda uma cadeia produtiva, mexendo consequentemente com a economia regional.
E agora José? A festa acabou, as eleições passaram e o povo como fica?

Matéria escrita por Luciano Galo, engenheiro agrônomo e apresentador aos sábados, pela Jacobina FM, do programa Vida no Campo. Gallo ainda é comentarista semanal no programa Blitz Total 2a Edição, da mesma emissora.



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