inovação em pauta – Abr/Mai/Jun 2011
t e c n o l o g i a s o c i a l
O renascimento do ouro verde do sertão 1
A professora Djane Santiago se preparava para começar a aula de análise química no IFBA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia), quando uma de suas alunas apresentou para a turma uma notícia do Jornal A Tarde: “Governo baiano vai incluir pipoca na merenda escolar”. O ano era 2003. Ali mesmo, entre indignação e vontade coletiva de “temos de fazer alguma coisa”, lembraram de um pequeno fruto bastante nutritivo que é um verdadeiro tesouro esquecido no semiárido, o licuri. A imagem sintetiza a história de vida de muitos nordestinos de baixa renda: crianças e adultos sentados no passeio de casa com o colar do fruto no pescoço.
Em uma mão, a pedra. Na outra, o coquinho. Ora, mesmo hoje em dia, quem já visitou o interior do Nordeste certamente presenciou esta cena tão comum – a quebra do licuri – principalmente entre os baianos. “Por que não incluir alguns produtos derivados deste filho legítimo da terra na merenda da molecada?”, questionou-se Djane, coordenadora de Inovação Tecnológica do IFBA. São várias as possibilidades de beneficiamento, como compota, sorvete, geléia, iogurte, cocada, licor, e até barra de cereal. E assim surgiu um projeto que, muito além de estudar Coquinho bastante nutritivo, o licuri é um nativo do semiárido que, durante muitas décadas, foi tratado como um produto de baixo valor. Agora, com o apoio da FINEP, um projeto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) quer mostrar que, a partir dos derivados do fruto que floresce sem grandes esforços sob o sol baiano, muitas famílias podem crescer economicamente, modificando uma cultura de estigmas.
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