As intrigas nas organizações é um fator de desagregação dos grupos
sociais e, por conseguinte, é uma das peças que compõem a ineficiência
empresarial. A meta do intrigante é tirar proveito próprio pela
derrubada de alguém. O famoso puxar o tapete é uma ação desumana fundamentada na inveja.
A inveja é um sentimento que surge quando um objeto de desejo não é
obtido, seja ele um bem palpável ou não. Desejar o que é do outro:
objetos, status, conhecimento, carisma, etc., não alimentará o
ego do invejoso, pois afinal, as conquistas não são dele e sim do outro
e, isso, alimenta cada vez mais a baixa autoestima, deixando a pessoa
cada vez mais irada consigo mesma pelo sentimento de inadequação. Daí a
necessidade de fazer intrigas para tirar de seu caminho aquele que
supostamente o atormenta.
Para fazer intriga vale caluniar, espezinhar, desvalorizar, mentir e
tudo que for necessário para a construção da armadilha contra o outro.
As comunicações irão se tornar veladas, as informações irão para os
subterrâneos, as energias emanadas são extremamente negativas
concorrendo para um clima organizacional de péssima qualidade o que
contribuirá ao longo do tempo, com a infelicidade do grupo social da
organização com o trabalho. Afinal, frequentar um ambiente onde a inveja
tem assento confortável, é viver horas e dias de tensão e estresse. O
resultado disso é a elevação dos custos operacionais em decorrência de
faltas, atrasos, afastamentos por doenças, acidentes do trabalho, enfim,
improdutividade de forma geral. Só que esse malefício não fica restrito
no ambiente da organização. Ele se estende para a vida familiar, que
volta com mais intensidade para a organização. É quando as pessoas levam
os problemas do trabalho para suas relações pessoais e, não adianta,
querer tapar o sol com a peneira, dizendo: “não levo problemas do
trabalho pra casa e nem os de casa pro trabalho”. Isso é impossível
porque os problemas e os sentimentos são das pessoas e não do ambiente. O
ambiente é que é contaminado por eles.
As intrigas não são privilégios de colaboradores que estão em
determinadas posições hierárquicas dentro das organizações. Elas são a
prática do desumano nas organizações e, portanto, advém não do papel sócioprofissional e, sim, do papel indivíduo.
Um alerta deve ser dado aos gestores: fiquem atentos as intrigas(os leva e trás, as fofocas, as acusações, aos falsos alertas, etc.).
Quando as conversas chegarem a vocês nesses tons, desmantelem
imediatamente a armadilha que está sendo construída. Como? Não dando
corda à elas. Chame logo os envolvidos diretamente no assunto e
esclareça de vez as coisas. Trabalhe apenas com os fatos e para isso vá
em busca deles. Um dos papéis fundamentais do gestor é ser um educaDOR.
Educar a dor psicológica do invejoso e intrigueiro. Mostrar-lhe e
dar-lhe oportunidade para realizar coisas dentro de suas competências.
Incentivá-lo a ajustar sua autoestima e a buscar sua autosuficiência
enquanto ser. Suas comunicações devem ser embasadas no amor, que significa prezar a verdade dos fatos.
Um detalhe: só se consegue desmantelar a intriga e a inveja se as temos sob total domínio em nós próprios.
Gente: zoom nos nossos negócios!
Fonte: http://www.oestadorj.com.br/colunas-blog/zoom-gente-negocios/intrigas-e-inveja-nas-organizacoes/
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